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terça-feira, 9 de abril de 2013

A batalha de Dortumund



por Luiz Felipe Fogaça

Com contornos de drama, coração na ponta da chuteira, dois gols nos acréscimos e um desfecho digno de filme hollywoodiano. Assim foi o confronto entre Borussia e Málaga, que rendeu a classificação do time alemão para semifinal. Se o final pode ter sido o que muitos esperavam, o jogo sem dúvida nenhuma foi épico e surpreendente.

Em toda sua vida, o zagueiro brasileiro Felipe Santana talvez nunca sonhasse em decidir um jogo como esse e definitivamente entrar para história como protagonista de um dos melhores jogos da história, pelo menos um dos mais emocionantes.

A partida ganhou seu tom dramático logo aos 25 minutos do primeiro tempo quando Joaquín abriu o placar para o time espanhol, o que obrigaria o time alemão a marcar dois gols, já que a primeira partida terminou zero a zero.

Lewandowski sempre ele tratou de igualar e acalmar os nervos dos amarelos, ainda no primeiro tempo. Depois de receber belo toque de letra de Gotze, o polonês se livrou do goleiro e tocou para o fundo da rede.

Quem achou que o empate ainda no primeiro tempo seria o suficiente para impulsionar o Borussia e que veríamos um Málaga recuado se enganou. Os espanhóis foram melhor durante boa parte do confronto e faltando menos de 10 minutos para o final do jogo aumentaram a sua vantagem com Eliseu, só uma catástrofe tiraria o time da semifinal.

Com menos de 10 minutos de jogo e precisando de dois gols, ou seja, um legítimo milagre, o técnico alemão apostou, tirou um volante, botou um zagueiro e lançou o brasileiro Felipe Santana como centroavante.
Ai meus amigos, é que começa a história, quando os primeiros pés frios já deixavam o estádio, já estávamos pelos acréscimos do juiz e alguns já não mais acreditavam o time com maior média de público do mundo empatou com Reus, num bate rebate dentro da área.

Se muitos falam de dedo do treinador, estrela, ou qualquer coisa desse gênero aos 92, quase 93 minutos um minuto após empatar, Felipe Santana aparece sozinho, tão sozinho que estava impedido, mas a arbitragem não viu e empurrou para o fundo da rede, deixando o “muro amarelo” completamente louco e os espanhóis desolados.

Para quem estava vendo o jogo, mesmo não nutrindo nenhum sentimento especial por nenhum dos times é impossível num ficar boquiaberto e sem entender o que aconteceu. Como bem disse um amigo é por isso que o futebol é o que é. Basta escolher seu adjetivo, inacreditável, incrível, espetacular.

Que tarde, que jogo! 

Um comentário:

  1. Excelente texto! O futebol mais bonito passou, sem querer falar em justiça! Abraço

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