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segunda-feira, 4 de março de 2013

Nada como o futebol...

Mazembe faz mandinga antes de entrar para a história do futebol 

Por Tuca Veiga

Somente neste esporte que mexe com nossas vidas de domingo a domingo, de janeiro a janeiro, não se pode afirmar que o favorito vai sair vitorioso.

As semifinais do carioca são um ótimo exemplo de como o futebol nos reserva surpresas em cada um dos 90 minutos de bola rolando.

Quem poderia dizer que o atual campeão brasileiro, tido como um dos principais elencos do país, sucumbiria para um Vasco ainda em frangalhos, que busca no horizonte a esperança de dias menores?

E quem afirmaria que o Flamengo, em estado de graça, em pleno aniversário de 60 anos de seu ídolo maior, invicto no ano, tropeçaria justo no Botafogo, freguês eterno do rubro-negro, que pouco tem empolgado o seu torcedor?

Em outros esportes, situações como essa são raras de se ver.

Na atual fase do tênis, a taça tem poucos destinos. As mãos de Djokovic, Federer e Nadal se revezam para levantá-las na temporada do esporte.

Na Fórmula 1, só uma corrida na chuva, repleta de batidas pode fazer com que os favoritos não deem lugar aos coadjuvantes no pódio.

E o basquete? Como é raro ver uma zebra no esporte da bola laranja.

Bolt sempre chega na frente, Phelps bate (ou batia) antes, Izinbayeva salta mais alto, e por aí vai.

Por essas e outras, sentar à frente da tv para acompanhar um belo jogo de futebol é uma das maiores paixões mundiais.

Afinal, o Imponderável de Almeida – personagem criado pelo eterno Nelson Rodrigues – pode entrar em campo a qualquer momento.

É uma bola que desvia aqui e acolá e morre lá dentro. É um goleiro que acordou pronto para fechar a meta. É um treinador que resolveu dar um nó tático. Uma preleção que mexeu com os brios do time.

Pode ser de tudo.

Por isso o futebol é fascinante. Não é um baralho de cartas marcadas.

Ele permite que um time com menos investimento, com menos repertório, menos craques e menos oportunidades de gol tenha muito mais motivos para comemorar do que o adversário.
Nada como o futebol... 

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