Páginas

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Botafogo - O que acontece com o time do quase?

Por Luiz Felipe Fogaça

“Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que incomoda, que entristece, que mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi”. A citação de Luis Fernando Veríssimo, pode resumir o sentimento de um botafoguense nos últimos anos.


A apatia que toma o semblante dos que amam o time da estrela solitária parece não ter fim. E ano após ano vem piorando. Se não bastasse a tristeza com o próprio Botafogo, os alvinegros ainda têm que ver seus rivais viverem tempos de glória. Até o Flamengo, que quase caiu neste ano, conquistou o Brasileirão recentemente.

Tamanha indiferença é justificável. O time se reforça bem, como fez esse ano com Seedorf e Andrézinho. Se  em algumas posições o elenco deixa a desejar, o primeiro time tem qualidade e é melhor que o Palmeiras que conquistou a Copa do Brasil deste ano, por exemplo.

É bem verdade que existe um abismo de qualidade entre os jogadores de defesa e os do meio e ataque. Fábio Ferreira comandando a zaga é de dar medo em qualquer um, entretanto, ainda assim o time tinha que exercer melhor papel nos campeonatos que disputa.

A diretoria planeja, não interfere, paga em dia, faz tudo o que está ao seu alcance para que a paz reine em General Severiano. Vontade não falta, porém na hora h o time trava, parece que não vai, chega a desaprender a jogar bola.

Fatores psicológicos não podem ser os grandes culpados pela ausência de títulos, ainda mais em um time que se renova.

O que falta? O algo a mais, o brilho no olho, a bola que bate na trave entrar, falta o algo a mais.  Haja superstição para superar o jejum de títulos do clube, que vê o longínquo 1995 como ano de sua última grande conquista, com Túlio maravilha ainda no auge de sua forma. 

O cenário pinta como um dèjá vu na cabeça dos botafoguenses, que veem o time contratando, começando bem, botam esperança que esse ano vai, esse ano ninguém segura, mas as esperanças se esvaem e caem por terra abaixo.

Qual a solução? Essa pergunta incomoda os cartolas e torcedores, que não veem a hora de voltar a gritar campeão. Talvez a aposta em um técnico novo para evitar mais do mesmo. Chega de Caio Junior, Oswaldo - chega até do bom Cuca. A aposta em novos valores, principalmente na zaga, para mesclar com os medalhões e bons jogadores do time, podem trazer bom resultado. 

Enquanto não encontra a solução, o torcedor do time da estrela solitária continua saudoso, se lembrando dos tempos de glória, procurando um novo Garrincha,  um novo Túlio, e novas superstições. Esperando em breve retomar o caminho da glória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...