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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Falta ideia na cachola


Por Felipe Pugliese
Muitos dizem que o futebol está chato. Concordo em partes. Realmente o esporte hoje é menos jogado e muito mais truncado, muito mais falado e, principalmente, muito mais chorado. A palavra chororô é titular no dicionário da bola. Nada pode e tudo não pode. Digam o que for, justifiquem suas teorias como quiserem. Eu, porém, sinto uma falta danada das comemorações
personalizadas.

Pelé socava o ar como ninguém, ou melhor: Pelé socava o ar como um Pelé. O dedo de Ronaldo, quando levantava, era para delirar o brasileiro. Marcelinho Carioca girava os braços para trás como uma criança. Donizete virou pantera graças as suas comemorações animalescas. O que dizer então dos “papais” Bebeto, Romário e Mazinho. Joelhos cravados no gramado com o braço erguido para a Fiel, esse era Neto. Raí tinha o seu jeito tímido, mas que alucinava o são-paulino. Paulo Nunes era mais atrevido, abusado...e por aí segue a lista dos alegres mortais do momentos mais extasiante do futebol.
Enfim, a lista é grande e muita gente criativa faltou. Contudo, minha pergunta é a seguinte: onde estão as comemorações marcantes hoje em dia?
É coraçãozinho para cá, aviãozinho para lá... sem falar nas dancinhas bem sem tempero. Falta ideia na cachola e personalidade na hora de comemorar.
Realmente, por este lado, o futebol está mais chato que política.

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