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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Será que cabe tanto dinheiro assim no Brasil?

As manchetes esportivas dos últimos dias refletem o momento de mudança que o futebol brasileiro atravessa.

Corinthians oferece 90 milhões de reais para ter o argentino Tevez”

Para tentar segurar Neymar, salário do craque pode chegar a um milhão de reais mensal”

Outrora inimagináveis, esses inúmeros zeros existentes nos contracheques dos clubes surgem, principalmente da ascensão econômica que o país atravessa. Ações de marketing inovadoras, patrocínios rompendo o patamar dos 30 milhões de reais anuais e os novos contratos firmados pelos direitos de transmissão dos jogos, fizeram com que a “importação” de jogadores fosse muito maior que a “exportação” deles. Vieram Alex, Renato, Denílson, Adriano, Luís Fabiano, além de argentinos e paraguaios e quem saiu? Conca, de mais relevante.
 



O sonho de termos um campeonato equiparado ao espanhol, alemão e francês é possível, mas ainda há uma enorme distância para a Premier League dos ingleses. Infraestrutura, estádios, ingressos, leis para os torcedores são alguns dos problemas. Mas, acredito que o grande abismo entre o modo inglês e o brasileiro seja a gestão.

Enquanto tivermos um Ricardo Teixeira no principal cargo de comando do futebol brasileiro, alterando horários dos jogos do Brasileirão para favorecer a TV, escolhendo adversários para a seleção brasileira, digo seleção Teixeira, conforme o cachê pago.

Aos leitores do Paixão Clubística aconselho a lerem a entrevista que Teixeira concedeu para Daniela Pinheiro, jornalista da revista Piauí, para entendermos até onde vai o poder de uma pessoa.

Não esquecendo de citar que o presidente da CBF também é o mandachuva (ou para-raios) da Copa 2014. Orlando Silva, Gilberto Kassab, Geraldo Alckimin e outros tantos disseram, lá atrás, que não haveria nem um centavo de dinheiro público nos estádios para o Mundial. E agora governador paulistano, como se explica 70 milhões de reais do Estado serem doados ao Corinthians para a construção dos vinte mil lugares necessários para o Itaquerão abrigar a abertura da Copa?

Desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser pontos corridos, os gramados verde-amarelos não viam um desfile atrativos de bons jogadores. Atletas voltando do exterior para atuarem em grande nível, e não apenas para encerrarem carreira perto da família. Temos tudo para dar certo, mas os engravatados, com suas canetas Mont Blanc cismam, independentemente do formato do campeonato ou da situação econômica, em arruinar com o futebol nacional.

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