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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Tradicionais, Santos e Peñarol iniciam disputa por título


Cinzas vulcânicas a parte, começa nesta quarta-feira em Montevidéu no Uruguai a 52ª final da Copa Libertadores da América. Frente a frente, estarão Santos e Peñarol ou Brasil e Uruguai, países e times cuja rivalidade remonta os primórdios do futebol, e que atual e ultimamente, representam o ressurgimento de escolas vitoriosas.

Isso porque depois de mais de 20 anos, o Santos voltou a conquistar um título em 2002 e desde então vive uma sequência de conquistas jamais vivida desde a década dourada de 1960. Ao mesmo tempo, terceiro maior vencedor da história da competição com cinco títulos, o Peñarol volta a decidir a Libertadores depois de 24 anos e acompanha o ressurgimento do próprio Uruguai, quarto colocado na Copa do Mundo da África do Sul, tendo Forlán o maior jogador da competição e na partida contra Gana, o principal momento da Copa.

Mas, falar de história neste momento soa obsoleto, pois os craques históricos do passado não jogam mais. Por isso, discutir se historicamente leva vantagem quem joga a primeira em casa ou fora, é inútil. Melhor é olhar o presente para falar do jogo de logo mais.

Dentro de campo, e tecnicamente, o time do Santos é melhor e aparece como o principal favorito para a conquista do título. Apesar disso, e ao contrário do que muita gente disse, creio que o time uruguaio era realmente melhor que o argentino Vélez Sarsfield, derrotado na semifinal. No entanto, para o Santos, foi melhor enfrentar o Peñarol.

Isso porque o Vélez tinha um estilo de jogo completamente diferente do santista, com um futebol mais de força e especialmente calcado no jogo aéreo. Embora não tenha tanta qualidade individual, o Peñarol se aproxima mais do futebol praticado pelo time de Muricy, com eficiência e velocidade no ataque e boa postura defensiva, segurando bem os ataques adversários.

Por tudo isso, a partida no Uruguai requer muita atenção especialmente da defesa santista, que estará bastante desfalcada. Da considerada titular, sobrou apenas Durval. Jonathan e Léo, machucados, desfalcam as laterais e Edu Dracena, suspenso, é a ausência no miolo da zaga.

Se suportar bem a pressão geralmente eficiente do Peñarol, o time santista deve dar um bom passo à conquista da terceira Libertadores, já que o seu ataque, especialmente quando se utiliza dos contra golpes, é dos melhores, personificado na figura de Neymar, no esforço de Zé Eduardo, na experiência e qualidade de Elano e na velocidade dos meio-campistas Arouca e Danilo, além do avanço de Alex Sandro, bom lateral pela esquerda.

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